quinta-feira, 7 de abril de 2011
A CARTA DO INFERNO
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Carta atribuída ao assassino e suicida Wellington Menezes Rio, 07.04.2011 |
Amados, estamos todos de luto pela tragédia que abalou a cidade do Rio de Janeiro nesta manhã. O que mais me preocupa é o desfecho desse triste episódio com o assassinato de onze crianças inocentes e saber que esse crime foi fruto do absurdo fanatismo religioso. A carta acima, supostamente deixada pelo assassino, aponta para um crime de fundo religioso, de alguém que nunca compreendeu o Evangelho de Jesus e que nunca teve um encontro com Deus. Em entrevista à Rede Bandeirantes, a irmã mais velha do adotivo Wellington, disse que sua mãe era seguidora da intransigente seita As Testemunha de Jeová e embora tenha sido ventilado na imprensa que o agora morto fosse fundamentalista islâmico, o conteúdo da carta (se for verdadeira) revela um sentimento cristão (e islâmico?) fanático de alguém que segundo se apurou era introvertido, morava só, não tinha amigos, não saía de casa e nem da internet.
Escrita ou não por Wellington, essa carta revela a insanidade de uma mente religiosa confusa que se deixa levar pelo fanatismo e pelas imposições do aspecto mais terrível das religiões: o fundamentalismo intolerante em nome da pureza exclusivista para a salvação. Esse lado tenebroso da religião é o oposto do amor pregado por Jesus e fomenta o ódio entre os homens. Ricardo Gondim Rodrigues disse acertadamente certa vez que a religião, ao contrário do verdadeiro cristianismo, adestra e não transforma vidas. Isso, digo eu, dá-se por conta de religiosos verem Deus como alguém que só lhe dará os céus se os tais executarem ao pé da letra o que suas lideranças doentias ordenam (e não a Palavra) ou o que se lhes impõem distorcidamente como condicionamento para canalização da "bênção".
Estamos vivendo dias difíceis e precisamos comunicar ao mundo o Deus bondoso em nossas igrejas e afastar de uma vez por todas de nossos púlpitos a ideia medieval de um Deus intolerante, vingativo, terrivelmente obcecado pela santificação extrema de seu povo e desejoso de abençoar somente um pequeno e insignificante número de escolhidos (eleitos). Não estou negando que Deus seja santo e deseje a santidade de seus filhos, mas apelando para o Evangelho que apresenta a Graça como ela é: superabundante, maravilhosa, flexível, abrangente e assumidamente amorosa ao contrário de incutir na mente de pessoas no mundo inteiro que Deus está irado e quer explodir o planeta a qualquer momento. A ira divina ainda está para se manifestar na Grande Tribulação e seus juízos no Apocalipse, mas as religiões e os religiosos fanáticos desprovidos de amor, têm antecipado esses eventos escatológicos para nossa realidade presente. A escatologia, mesmo a do apocalipse bíblico, precisa ser vista como um sinal de esperança para o povo de Deus através da iminente vinda do Senhor Jesus e para o mundo através da instauração do milenio, reino de justiça e paz!
Tenho dois filhos pequenos e não gostaria de vê-los alvejados por balas enquanto estão na sala de aula. Que Deus tenha misericórdia dos pais enlutados e console suas vidas. Que Deus tenha misericórdia de nós!
Ps. Não descarto a possibilidade de terrorismo religioso como aventado no comentário da minha amiga Rô.
Ps. Não descarto a possibilidade de terrorismo religioso como aventado no comentário da minha amiga Rô.
Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.
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